segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Hitch Feminina": e volução

Mariana, conselheira amorosa até o dedo mindinho do pé, colecionava casos de sua capacidade superior de observar o déficit dos relacionamentos de seus amigos, conhecidos, primos que, de repente, se viam em um beco sem saída.
Ao contrário de muitos conselheiros, era uma moça bem resolvida, talvez bem resolvida a ponto de assustar os homens, quando se conhece o modo que eles funcionam, se torna fácil prever o que farão. O que sempre a irritou em seus relacionamentos era que, depois do período de paixão, a rotina passava ser angustiante e instigava mentiras e desculpas esfarrapadas, mas não admitia já que, pouco cobrava de seus respectivos namorados. No fundo, os homens precisam de uma menininha que esteja ali, linda e cheirosa, de ótimo humor para quando eles precisarem, já que, começam a se sentirem presos na gaiola imaginaria do pesado titulo: “namoro”. Como se não fosse tão simples terminar e voltar ao status digno de palmas: solteiro.
Ser solteiro parece sinônimo de não ser querido, por isso antes namorar e cornear do que se admitir apaixonado e preso, a outro, que realmente tem afeto. A maioria dos relacionamentos não dá certo por que um dos lados precisa de mais atenção e afeto que o outro, geralmente a mulher, pois o homem prefere as vantagens objetivas como sexo e disponibilidade além da estética que pode ser exposta e gerar inveja e admiração nos outros homens por sua “posse”.
Geralmente uma conselheira amorosa é uma mulher completa, ao contrario de um homem conselheiro, pois um homem bem resolvido pode até se tornar referência a ser consultada, mas geralmente ele não terá tempo para isso. Mulher Hitch é aquela que notou o pulo do gato, e passa adiante, respeitando o quanto cada um suporta da verdade, nua e crua, que é o de relacionar-se. Sem tendências feministas, mas mulher tosca, sem senso critico se perde entre a vulgaridade de piriguete e a carência excessiva da submissão, o equilíbrio está justamente em se manter emocionalmente estável sem criar dependência, e saber lidar com seus desejos, mantendo sim a liberdade, mas podendo se assumir em qualquer ambiente como séria e digna de ser ouvida, por sua capacidade e não pela quantidade de pele exposta.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Conselheiro de plantão

-Alô, é o Sávio?
-Sim, quem é?
-É a Lu...
-Oi Lu, tudo bem?
-Não...-momento de silencio- briguei com o Fá e estou destruída, realmente acho que ele me trai...
-Por que acha isso?
-Ele não me dá mais atenção, final de semana nos vemos só a noite, e nem é mais carinhoso, é sempre meio ríspido...
-Nossa Lu, mas ele não continua com aqueles problemas de família, e ainda não teve aquela batida no carro? Ele sempre te leva nos lugares que você gosta, mesmo detestando as musicas que você gosta. Acho que você precisa respeitar este momento...-“Este Fá é um sortudo” pensa- talvez ele esteja precisando é que você seja mais carinhosa e dê atenção a ele para ajudar neste momento difícil...
Depois de 40 minutos, mostrando os pontos positivos do rapaz e mantendo uma série de intervenções terapêuticas em relação aos comentários da moça:
-Nossa Sávio, você salvou meu namoro!
Suspiro de decepção do pobre rapaz.
-Eu estava tão confusa, agora estou confiante no amor dele, obrigada, beijão!
O rapaz ajeita os óculos no rosto, suspira, e volta para diante do computador pensando: “Quem me dera ter esta mulher...”.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hitch mal resolvido: o drama


A diferença entre a personagem de Will Smith e os fracassados que vemos por aí, são, simplesmente:
-Hitch fracassado dá conselhos pra pessoas do sexo oposto
-Geralmente é nerd, pseudo-cult, colsplay, etc.
-Pouca habilidade em se vestir atraentemente
-Inseguros (sintoma clássico)
-Não se importa (ou finge) não ligar pra valores esteticos: é magro ou gordo demais ou anda com roupas que favorecem tão pouco que ficam feios mesmo sem ser
-Finge ser bem resolvido em vários aspectos, tanto que não se esforça para "ser como os outros"
-Se considera um exemplar raro, e aponta sua sensibilidade como sua coroa

Síndrome de Hitch, definição

Este post tem como objetivo, conceituar esta síndrome, a partir de casos, e fundamentos (nada científicos, ou metodologicamente confiáveis) esta complexa anomalia social que acomete a muitos. Relativo ao termo, síndrome designa um conjunto de sintomas que ocorrem em conjunto, caracterizando uma determinada doença, deste modo, vamos delimitar qual o conjunto de sintomas neste caso:

-Sujeito receptivo, compreensivo
-Ouvinte atento
-Objetivo em termos de análise
-Pouco hábil em seus próprios relacionamentos
-Cultura ampla (meramente teórica)
-Desejo recalcado de cursar psicologia
-Utiliza de tais habilidades para expandir circulo social
-Inseguro, tende mais à captação que expressão

Estes sintomas, são os mais comuns, no entanto cada individuo apresenta sintomas próprios, que seriam variações destes, ou características adquiridas que potencializem a realização de seu quadro: Ouvinte e Conselheiro.

Efeitos negativos: Afetividade comprometida, pois tende a ter dificuldade de criar laços afetivos, já que parte do pressuposto que no histórico da outra pessoa há algum caso mal resolvido que ela ainda precisa buscar resoluções, ou concluir aprendizados relativos a este. Ou seja, a conquista fica comprometida e o objetivo não alcançado.
Outro aspecto seria o tempo dedicado à escuta e resolução, esta disponibilidade compreensiva se torna um objetivo ao qual a vida gira, ele perde a noção de individuo criando tendências simbióticas a um cosmos de onisciência, e acaba perdendo apropria identidade. Não há distanciamento em relação ao aconselhado, sendo que, o vinculo afetivo se cria nesta condição de troca, que não é nem uma amizade nem um vinculo amoroso, é um espaço terapêutico sem técnica, com grande possibilidade de estagnação (desilusão dos propósitos de sua vida a longo prazo) e sensação megalomaníaca de onipotência tendendo à manipulação.
Tendências obsessivas: portadores da síndrome podem desenvolver obsessão por matérias e outros blogs sobre o tema, principalmente se baseando em conhecimentos da psicologia, sociologia e qualquer ciência que possa respaldar algum conselho, alguns são aficionados por filosofia ou religiões como budismo e variações que são repletos de máximas. Não pode-se confundir um portador da síndrome como um exemplar real de sabedoria, já que, este comprova sua irreal condição não sendo apto de manter relacionamentos apesar de seu conhecimento. Se na práxis o conhecimento não produz frutos, então supõe-se fundamentando em lógicas ilusórias pouco proveitosas.
Tratamento: Ainda não se conhece nenhum tipo de tratamento


Manifestações:


“Definitivamente os conselhos amorosos me perseguem. Quando menos espero, sempre tem alguém com um tipo de "pepino" ou "abacaxi", e quem está presente pra ouvir e opinar nesses momentos? Eu!
É incrível, mas eu devo ter cara de psicólogo (...)
Analisei bem o caso e soltei a tradicional pergunta: "E como você se sente sobre isso?” (rs). Ela disse que se sentia horrível e não sabia como agir(...)”(http://oliricocronicas.blogspot.com/2009/08/pareco-o-hitch-o-conselheiro-amoroso.html)



Entre as 5 coisas que mais odeia:

"Minha Síndrome de Hitch, O conselheiro amoroso: Não é que eu não goste que as pessoas confiem em mim para contarem seus segredos e pedirem conselhos e tal, mas isso é bem prejudicial. Não foi só uma vez que cheguei em um mina na balada, pra tentar algo mais, e acabei me vendo obrigado a aconselha-la a voltar com o ex-namorado. E o pior é que ainda acabo criando laços de amizade, o que me faz sentir-se como um HOMOSSEXUAL completo.(http://www.negaointernauta.com/2007/01/querido-dirio.html)